sábado, 22 de outubro de 2011

Oração Franciscana


Os Irmãos e as irmãs de São Francisco, por séculos, sempre recorreram a passagens da vida do santo de Assis para mostrar como agir em diferentes circunstâncias. Sabemos que ele rejeitou a guerra, mas partiu para as Cruzadas. Ele ficou tão indignado com as ações de ambos os exércitos, o dos cristãos e o dos seus opositores, que se propõe a sanar as divisões. Primeiramente, ele pensa em converter o sultão ou sofrer o martírio, mas a história mostra que isso nunca aconteceu. O que aconteceu, porém, foi o encontro de duas grandes mentes e dois enormes corações, que reconheceram um no outro, homens de convicções fortes, e acima de tudo, pessoas corretas, que agiam de acordo com sua fé. Propomos esta oração (preparada por Bernd Beermann OFM Cap) e o diálogo entre São Francisco e o sultão (preparado por Kathy Warren, OSF e Petrekovic João, OFM Cap) para um encontro (oração) da Família Franciscana, ou para uma reunião de pessoas que admiram Francisco de Assis e vêem nele um modelo para a nossa ação concreta em tempos de conflitos e divisões.
Símbolo:
(Enquanto se canta um canto de paz, pode-se acender uma vela (maior) simbolizando o desejo de paz em nosso mundo. Cada pessoa recebe uma outra vela (menor) e a acende na vela da paz e a coloca numa bandeja (ou em outro lugar) de modo que a luz coletiva brilhe em nossos corações e no mundo, trazendo o dom da paz).
Canto: (pode ser este ou outro a escolha do grupo)
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Oração (depois que se acendem todas as velas)
Deus todo-poderoso, origem de todos os pensamentos e desejos de paz, acende no coração de todos nós o verdadeiro amor, e guia com tua sabedoria pacificadora aqueles responsáveis pela tomada de decisões em todas as nações da terra. Que, com tranquilidade, Teu Reino possa avançar sempre mais, até que toda a terra esteja plena do conhecimento do Teu amor. Isso te pedimos por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.
SALMO 122 (recitado em dois coros – dividir o grupo em lado A e lado B)
A paz que vem da justiça
1* Cântico das subidas. De Davi.
Alegrei-me quando me disseram: «Vamos à casa do Senhor!»
2 Nossos passos se detêm junto aos teus muros, Jerusalém!
3* Jerusalém é fundada como cidade bem edificada.
4 Para ela sobem as tribos, as tribos do Senhor,
segundo o costume de Israel, para celebrar o nome do Senhor.
5 Aí estão os tribunais da justiça, no palácio de Davi.
6* Desejem a paz para Jerusalém: «Vivam seguros os que te amam,
7 haja paz dentro de seus muros e segurança em seus palácios!»
8 Por meus irmãos e meus amigos, eu digo: «A paz esteja em ti!»
9 Pela casa do Senhor, o nosso Deus, eu ti desejo todo o bem.
Gloria ao Pai e ao Filho…
CÂNTICO dos Escritos de São Francisco
(Orações para serem recitadas em todas as horas)
Todos. Santo, santo, santo é o Senhor todo poderoso, que é, e que era, e que virá.
Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade.
Leitor. Digno és, Senhor nosso Deus, de receber o louvor, a glória, a honra e o poder.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Digno é o Cordeiro que foi imolado, de receber o poder e a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e a benção!
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Bendigamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor!.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Louvai o nosso Deus vós todos, seus servos, vós que o temeis, pequenos e grandes.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Celebrem em sua glória os céus e a terra, e toda a criatura que na terra, no céu, debaixo da terra, no mar, e tudo quanto existe.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade!
L. Como era no princípio, agora e sempre.
T. Louvemo-lo e exaltemo-lo por toda a eternidade.

SALMO 147 (cada pessoa pode recitar um versículo)

É bom louvar a Deus
1 Louvem o Senhor, pois é bom cantar. O nosso Deus merece harmonioso louvor.
2* O Senhor reconstrói Jerusalém, reúne os exilados de Israel.
3 Cura os corações despedaçados e cuida de suas feridas.
4* Ele conta o número das estrelas, e chama a cada uma por seu nome.
5 Nosso Senhor é grande e poderoso, sua sabedoria é sem medida.
6 O Senhor dá sustento aos pobres e rebaixa os injustos ao chão.
7 Entoem como é grande o Senhor, cantem ao nosso Deus com a harpa.
8 Ele cobre o céu com nuvens, preparando a chuva para a terra. Faz brotar a erva sobre os montes e as plantas úteis ao homem.
9 Fornece alimento ao rebanho, e aos filhotes dos pássaros que o invocam.
10 Ele não se compraz com o vigor do cavalo, nem aprecia os músculos do homem.
11 O Senhor se compraz naqueles que o temem, naqueles que esperam em seu amor.
12* Glorifica o Senhor, Jerusalém, louve o teu Deus, ó Sião.
13 Ele reforçou com segurança as tuas portas, abençoou teus filhos em seu seio.
14 Colocou a paz em teus limites, te saciou com a flor do trigo.
15* Enviou suas ordens para terra, e sua palavra corre veloz.
16 Fez cair a neve como lã, e espalhou a geada como cinza.
17 Ele lança o gelo como granizo e congela as águas com o frio.
18 Ele envia sua palavra e as derrete, sopra o vento e as águas correm.
19 Anunciou sua palavra a Jacó, seus mandamentos a Israel.
20 Com nenhum povo agiu desse modo, a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…
LEITURA BIBLICA (Romanos 12, 14-21)
14 Abençoem os que vos perseguem; abençoem e não amaldiçoem. 15 Alegrem-se com os que se alegram, e chorem com os que choram. 16 Vivam em harmonia uns com os outros. Não se deixem levar pela mania de grandeza, mas se afeiçoem às coisas modestas. Não se considerem sábios. 17 Não paguem a ninguém o mal com o mal; a preocupação de vocês seja fazer o bem a todos. 18 Se for possível, no que depende de vocês, vivam em paz com todos. 19 Amados, não façam justiça por conta própria, mas deixem a ira de Deus agir, pois o Senhor diz na Escritura: «A mim pertence a vingança; eu mesmo vou retribuir.» 20 Mas, se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber; desse modo, você fará o outro corar de vergonha. 21 Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.
(se for oportuno, outra pessoa pode ler novamente a leitura bíblica para melhor fixar a mensagem).
Silêncio para reflexão
Cântico de Maria (Lc 1,46-55): Magnificat (rezado em dois coros - lado A e lado B)
Antífona
Solista: Ele derruba os poderosos de seus tronos e exalta os humildes.
1 -A minh'alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
2 -porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
3 -O Poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome!
4 -Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem;
5 -manifesta o poder de seu braço dispersa os soberbos;
6 -derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes;
7 -sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.
8 -Acolhe Israel seu servidor, fiel ao seu amor,
9 -como havia prometido a nossos pais,
10 -em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.

Gloria ao Pai, ao Filho…
Todos: Ele derruba os poderosos de seus tronos e exalta os humildes.
Pedidos (espontâneos)
Pai Nosso
Oração Final
"Senhor, Deus da Paz, tu que criaste os homens, para serem herdeiros de tua glória, nós te bendizemos e te agradecemos porque nos enviaste Jesus, teu Filho bem amado'; Tu fizeste dele, no mistério de sua Páscoa, o artesão de nossa salvação, a fonte de toda paz, o laço de toda fraternidade. Agradecemos pelos desejos, pelos esforços e pelas realizações, que teu Espírito de paz suscitou (e suscita) em nossos dias, para substituir o ódio pelo amor, a desconfiança pela compreensão, a indiferença pela solidariedade.
Abre mais ainda nossos espíritos e nossos corações para as exigências concretas do amor a nossos irmãos, para que sejamos, cada vez mais, verdadeiros artífices da paz. Lembra-te, ó Pai, de todos os que lutam, sofrem e morrem para que possa nascer um mundo mais fraterno. Que para os homens de todas as raças e de todas as línguas venha teu reino de justiça, de paz e de amor. Amém." (Papa Paulo VI)
*Sugestão: partes dessa oração pode ser usada como abertura ou fechamento, ou ainda como a oração que acompanha o diálogo de São Francisco e o Sultão descrito abaixo. O texto abaixo foi feito como reflexão, baseada no histórico encontro de Francisco de Assis com o Sultão Malek el-Kamil em Damieta, em 1219. (Cf. 20:57 1C, 2C 30, LMJ 9:5-9, LMJ 11:03.) Outras fontes relacionadas incluem Capítulos 16 e no capítulo 22:1-4 da Regra Primitiva. Este último é muitas vezes referido como Testamento de Francisco de 1219, escrito antes da sua partida para o Levante. Ele contém a visão de Francisco sobre o amor incondicional para com todas as pessoas - mesmo aqueles considerados "inimigos". (Para a ambientação do diálogo, Francisco e o sultão estão de pé (ou num ambão), lendo seus comentários. A linguagem deve ser natural, não formal).
Um encontro memorável:

O DIÁLOGO de Francisco de Assis com o Sultão
Sultão: Estou um pouco surpreso que você tenha passado pela frente de batalha para encontrar-se comigo, santo homem.
Francisco: Eu também estou surpreso em vê-lo, senhor sultão, - eu achava que iria sofrer o destino dos mártires.
Sultão: Eu lhe asseguro que isso não estava fora de questão!
Francisco: E o Martírio tem custo elevado!
Sultão: Infelizmente, nós dois temos uma longa tradição de mártires. Porém, eu aprendi que o martírio nunca é uma virtude em si mesmo.
Francisco: É verdade. Meus irmãos têm tentado convencer você e seu povo há mais de cinco anos a desistir de sua resistência e se entregar à fé em Jesus Cristo. Em Marrocos, três anos atrás, alguns pagaram o preço do martírio.
Sultão: Pelo que ouvi, foram muito insistentes em querer converter os marroquinos. Eles instigaram o povo que prontamente facilitou o martírio que buscavam.
Francisco: Certo - é esse o ponto. Mártires raramente tem a possibilidade de ter uma longa e sincera conversa com os seus adversários. Se eles dialogassem uns com os outros e aprendessem a respeitar um ao outro, talvez o martírio se transformasse em coisa do passado.
Sultão: Então você veio para dialogar?
Francisco: Eu não vejo outra maneira de chegar a um entendimento, não é verdade?
Sultão: Mas, além de tentar converter um ao outro à verdadeira fé, o que temos mais para dialogar?
Francisco: No meu mundo, a tua fama de sabedoria é reconhecida. Estudastes entre nós, és amigo do nosso imperador, tens uma sede profunda pelo conhecimento e pela verdade. Estou seguro que posso aprender muita coisa.
Sultão: Então você veio para aprender e não para ensinar?
Francisco: Existe por acaso um professor melhor do que aquele que sabe como aprender e não só como ensinar?
Sultão: Para um homem tão pequeno, você tem igualmente alguma experiência de sabedoria!
Francisco: Eu não estou tão seguro disto. Quando estava chegando aqui, eu trazia mil perguntas em minha cabeça: por que seus soldados foram tão gentis comigo; porque você me deixou passar por cada ponto de controle; porque seus homens faziam pausas para oração durante nosso caminhar para dentro do acampamento; porque estão sempre com essas contas entre os dedos; porque se curvam a mim com reverência; porque sua fé parece tão genuína?
Sultão: Sim, sim, eu entendo: você tem um monte de questões a responder.
Francisco: Sim, é bem isso o que estou fazendo. No meu entendimento, uma pessoa sem questões a responder é uma pessoa com os olhos fechados.
Sultão: Eu sempre pensei que, pelo contrário, vocês cristãos tinham todas as respostas, embora, é claro, nós dois sabemos como é difícil lidar com os fanáticos!
Francisco: Eu ouso dizer que sua resposta mostra sinais de humildade - uma virtude que eu aprecio muito.
Sultão: Ambos estamos lutando para defender nossas terras sagradas da profanação. O problema é que vocês acreditam que as estamos profanando neste exato momento, e ficamos indignados com o pensamento de que vocês podem conquistá-las e profaná-las ainda mais! A batalha continua! Teoricamente, dispomos de recursos suficientes, de dinheiro e ódio, para continuar esta batalha, matando um após o outro até que não tenhamos mais ninguém, somente você e eu aqui de pé. Nesse ponto, quem ganharia?
Francisco: Que proveito há em ganhar?
Sultão: Se eu ganhar, então vou ter certeza de que Deus será louvado e que todas as pessoas vão adorar somente a Ele.
Francisco: Obviamente, então, você não quer a paz – somente a vitória.
Sultão: E qual é a diferença? Se conseguirmos por fim a esta fratricídio medonho, se pararmos esse massacre sem sentido, vamos, então, finalmente ter paz.
Francisco: Mas senhor sultão, você não pode, em seu perfeito juízo, acreditar que a paz é tão simples como a conquista da vitória - como se houvesse um momento em que não existiria mais conflitos? Sua "vitória" só iria trazer mais ódio e a vingança continuaria - não a paz. Você sabe que nem a vitória e nem a paz podem acontecer quando somente um lado “supostamente” "ganha".
Sultão: Eu estou diante de um inimigo maior do que eu imaginava!
Francisco: Estás somente diante de um irmão.
Sultão: Se somente pudéssemos agir a partir do conhecimento de pertencermos ao mesmo Criador! Se somente pudéssemos ver um ao outro através dos olhos daquele que é o único Grande e Santo.
Francisco: Agora tua fala começa a fazer sentido. Finalmente paraste de falar sobre vencedores e decidistes falar sobre a realidade.
Sultão: Realidade? O sangue derramado que eu vejo todos os dias é real. Ele vem dos filhos, dos maridos e dos tios de pessoas reais. Mesmo que antes da morte os seus pensamentos tenham sido de raiva ou de ódio ou de justiça, eu posso assegurar-te que os pensamentos finais não foram nenhum desses. Com a vida se esvaindo, certamente elas devem ter pensado: "A que custo?" Realidade é uma palavra que é proibida no campo de batalha. Se pensarmos na realidade, não estaríamos massacrando uns aos outros nessas trincheiras do inferno. Estaríamos todos em nossas casas, com aqueles que amamos, na segurança que tanto prezamos.
Francisco: Segurança que é somente precária e enganosa, com o perdão da palavra, Sultão. Segurança para quê? De quê? Por quanto tempo? Se não estamos em paz com nosso Deus e não conhecemos a sabedoria do amor ao próximo - todos os nossos próximos - nunca teremos a segurança que vem somente do amor a ambos - Deus e o próximo. Estranhamente, eu descobri que a segurança só vem quando eu não estou “seguro” - quando eu vivo e sirvo aos outros através daquilo que o outro precisa e necessita em mim.
Sultão: Há algo muito profundo neste teu altruísmo! Quando será que a nossa consciência crescerá suficientemente de tal modo que agiremos com o fim de evitar a miséria humana ao invés de vingá-la?
Francisco: Eu vejo, pelo menos, que você e eu temos algo em comum: manter Deus fora dessa guerra medonha, feita em nome do Todo Poderoso! Pelo menos agora nós estamos falando sobre a paz real.
Sultão: e a vitória real.
Francisco: Alguém pode ganhar se nosso Deus sair perdendo?
Sultão: E pode Deus reivindicar vitória, quando seus filhos e filhas são assassinados em agonia?
Francisco: Veja! Então você tem perguntas também! Se apenas o nosso mundo tivesse a coragem de viver as suas questões. Eu sei que você reconhece o meu Senhor e Mestre como um grande profeta, e eu sei que você pode apreciar suas santas Palavras quando Ele diz que – somente quando morremos para nós mesmos podemos viver para Deus e para o próximo, somente quando a semente cai na terra e morre é que ela cresce e produz frutos, caso contrário, é apenas um grão de trigo – fadado a permanecer no chão sem produzir nada.
Sultão: É quando o grão morre que ele realmente nasce - para uma vida acima do solo.
Francisco: Sim. O amor não morreu na cruz - ele simplesmente optou por não revidar a violência - e deu à luz um amor que nunca morre.
Sultão: Um amor verdadeiro e eterno - o amor do Criador.
Francisco: Falando sobre o Criador, conforme o ensinamento, “PAZ “ não é um dos nomes de Deus?
Sultão: Realmente! E de fato nosso sincero diálogo está me ajudando a acreditar que a paz é possível. Por isso, louvemos a Deus!
Francisco: Sultão, eu sou um pobre coitado. Não tenho nada para lhe oferecer, excepto a minha sincera honestidade.
Sultão: Então, eu lhe agradeço com toda a humildade. Se eu não tivesse permitido que você viesse hoje ao meu encontro, eu nunca teria compreendido quão valoroso pode ser um cristão.
Francisco: Quem pode imaginar o que podemos descobrir quando nos abrimos sinceramente ao diálogo?
Sultão: E o que significa isso senão um pôr-se a caminho na estrada dos mistérios de Deus - sempre mais do que nós pensamos ser possível e sempre menos do que presumimos.
Francisco: Sim! Nosso Bom Deus é misterioso e majestoso! O louvor vem tão facilmente nos lábios daqueles que reconhecem a complexidade e ao mesmo tempo a simplicidade do nosso Deus.
Sultão: Realmente! Vamos louvar juntos o nosso bom e misericordioso Deus:
Juntos, Francisco e o sultão rezaram:
Vós sois o único Deus que faz maravilhas.
Vós sois o amor, a caridade; a sabedoria, a humildade, a paciência, a beleza, a mansidão, a segurança e o repouso.
Vós sois o benevolente, o Justo, o suave. Sois o infinitamente bom, que a tudo perdoa. Sois a Providência, a Generosidade, o Amor.
Todo o louvor é vosso, ò Misericordioso e Compassivo Deus.
Vós sois nossa alegria; nossa esperança. Sois a justiça, a moderação; nossa suficiência. Vós sois o protetor; nosso guardião e defensor.
Sois a Verdade, o forte, o doador da vida, o restaurador.
Vós sois O Magnífico, O Eterno, O Todo-Poderoso, O Santo.
Todo o louvor é vosso, ò Misericordioso e Compassivo Deus.
Sois a Luz, sois o Guia, tudo vês. Sois a força, a fé, a caridade e toda a doçura; sois nossa vida eterna.
Todo o louvor é vosso, ò Misericordioso e Compassivo Deus.
Vós sois o bom, todo o bem, ò Altíssimo; Deus grande e maravilhoso,
Vós sois O Magnífico, O Eterno, O Todo-Poderoso, O Santo, Amém.

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